sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

10 dicas para quando for em restaurante japonês

10 dicas para quando for em restaurante japonês

por Rosana Kamiya

Quando se entra em um restaurante japonês, é costume alguém recepcioná-lo com um irashaimase (seja bem-vindo). Basta o cliente responder com um aceno com a cabeça.

1) O primeiro teste de fogo em um restaurante japonês é aprender a segurar o hashi corretamente. Eles devem ser mantidos sempre paralelos. Para segurá-los, o melhor jeito é do meio para cima. Nunca na parte inferior, pois dificultará a realização dos movimentos.

2) A principal função do oshibori (toalhinha quente ou gelada)que o garçom traz logo que o cliente senta-se à mesa, é limpar as mãos. Depois, é só colocá-la sobre a mesa novamente, sem dobrá-la. No Japão é hábito limpar a testa, o rosto inteiro. No Brasil, pode soar grosseiro.


3) De um modo geral, as pessoas nunca devem se inclinar à mesa para tomar o saquê, comer o arroz, tomar o misoshiru, etc. No caso específico do saquê o correto é levar o recipiente até a boca. Para tomar o saquê existem dois tipos de recipientes: o massu, o "copo" quadrado usado para tomar o saquê frio, e o tyoko, próprio para o saquê quente. Ambos devem ser segurados com as duas mãos. Se o massu vier acompanhado por um pires, o que geralmente acontece, a pessoa deve pegar apenas o recipiente. O pires continuará sobre a mesa.

4) Quando servimos um convidado com a mão direita, significa que ele é um aliado, um amigo. Com a mão esquerda, trata-se de um inimigo. Por isso, servir com a mão esquerda é uma ofensa. Essa regra foi herdada dos samurais no Japão feudal e permanece válida até os dias de hoje.

5) O misoshiru é uma sopa que não deve ser tomada de colher. O correto é levar o chawan (tigela) próximo à boca. Os ingredientes sólidos, como o wakame e o tofu, são pegos com o hashi. Enquanto toma o caldo, o hashi pode continuar na mão. Nunca tome o caldo manipulando o hashi no chawan. Embora possa parecer estranho, fazer "barulho" ao tomar qualquer tipo de sopa não é falta de educação para os japoneses. Muito pelo contrário, para eles significa que o prato está delicioso. A única sopa japonesa que pode ser tomada com colher é o lamen.

6) Não use talheres para cortar o sushi. A comida japonesa deve ser apreciada também pelo seu visual. Por isso, alguns alimentos são do tamanho exato para que não precisem ser cortados. Esse é o caso de alguns tipos de sushis e dos sashimis. O sushiman faz esses alimentos como se fossem obras de arte. Para quem não sabe manipular os hashis, é aconselhável pedir aquele hashi que é preso pelas pontas superiores, se assemelhando a uma pinça. A maioria dos restaurantes japoneses tem esses hashis.

7) Não se deve espetar o hashi (palitinhos) na comida, principalmente no arroz. Além de ser visualmente feio, esse ato tem um sentido especial para os nipônicos. Espetar o hashi na vertical só é utilizado nas missas religiosas, quando os japoneses oram e acendem incensos no butsudan (oratório).


8) O jeito correto de descansar os hashis é deixá-los paralelos à borda da mesa (ao contrário do que é feito com os talheres ocidentais, que ficam no sentido vertical). Quanto mais discreto, melhor. Por isso, evite deixá-los jogados sobre a mesa ou apontando para a mesa do vizinho. O ideal é mantê-los no apoiador próprio e não em cima das tigelas. Caso o restaurante não ofereça o apoiador, o cliente pode improvisar um dobrando a própria embalagem do hashi em formato de nó.


9) Evite passar a comida de um hashi para outro. Outras manias que devem ser evitadas são: chupar a ponta do hashi, gesticular com ele na mão ou mesmo apontar para as pessoas e para os alimentos.


10) Os recipientes onde são colocados o shoyu, o wasabi e outros temperos são individuais, não deve ser compartilhado. O ideal é colocar somente um pouco do molho para evitar que ele transborde na hora de temperar o sashimi ou o sushi. Deixar o recipiente com grãos de arroz é considerado uma gafe, já que é o peixe do sushi (e não o arroz) que deve ser passado no shoyu.

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