A partir de janeiro de 2011, todos aqueles que programarem uma estadia na capital italiana deverão pagar uma taxa de permanência.
Apesar das polêmicas envolvendo a decisão romana, o prefeito da cidade eterna, Gianni Alemanno, anunciou que o valor cobrado aos visitantes servirá para melhorar a qualidade dos serviços urbanos e infra-estrutura colocados à disposição dos turistas.
A hipótese de introduzir a chamada “tassa di soggiorno” foi cogitada e adiada diversas vezes pela prefeitura romana, mas a verdade é que recente crise econômica européia e a necessidade de aumentar própria fonte de receitas estimularam a administração local a adotar definitivamente a taxa.
Em média, a cidade eterna recebe anualmente cerca de 15 milhões de turistas e, segundo o prefeito Alemanno, “é justo que os visitantes contribuam com a manutenção da cidade, já que uma parte do balanço da prefeitura é destinado a despesas como limpeza, transportes e administração de sítios arqueológicos”.
Na prática, com exceção de crianças menores de dois anos de idade, cada pessoa que hospedar-se na capital italiana, por motivos de trabalho ou turismo, será obrigada a pagar uma taxa diária, por um máximo de dez pernoites.
O valor a ser pago, no entanto, será diferenciado de acordo com a categoria hoteleira escolhida pelos visitantes da cidade. Quem hospedar-se em um hotel de quatro ou cinco estrelas, pagará três euros por dia, enquanto os hóspedes de estruturas classificadas como bed & breakfast ou hotéis de 3, 2 ou 1 estrela, pagarão, por sua vez, uma taxa de dois euros por pernoite.
A mesma taxa de 2 euros também será aplicada aos hóspedes que preferirem uma estrutura como um camping, uma casa de aluguel ou um agriturismo, enquanto que os hóspedes de albergues estarão isentos da cobrança.
O valor será cobrado no momento do check-in ou check out e também será aplicado aos turistas que reservaram uma acomodação até 31 de dezembro de 2010, mas hospedarem-se na cidade a partir de 1° de janeiro de 2011.
Outras cidades européias já adotaram uma fórmula parecida e, segundo algumas estimativas, com a “tassa di soggiorno” a prefeitura de Roma deverá arrecadar, a cada ano, pelo menos 30 milhões de euros.
A ministra italiana do turismo, Michela Vittoria Brambilla, declarou-se contrária à taxa romana, lembrando que “em 2009, o setor hoteleiro só conseguiu superar os efeitos da crise porque reduziu em cerca de 8,8% o preço médio das acomodações da capital”.
Ainda em âmbito político, a presidente da associação de categoria Confindustria Alberghi, Maria Colaiacovo, comentou que a notícia sobre a taxa de permanência é alarmante, já que em um momento de crise o setor mais atingido é exatamente aquele do turismo. “Trata-se de uma iniciativa míope que não estimula a competitividade de um mercado que gera empregos e que já contribui com as entradas da prefeitura”, observa.
Fonte: UOL Viagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário