Parques, tempos e até simulador de terremoto têm entrada livre.
Mercado de peixes e passeio guiado no Parlamento estão entre sugestões.
Encontrar programas gratuitos em uma das cidades mais caras do mundo pode parecer impossível. Mas, surpreendentemente, Tóquio tem uma série de museus, parques, lugares históricos e atividades culturais que não custam nada, uma boa notícia para os viajantes que querem conhecer muito da cidade e ainda aproveitar a comida típica nos excelentes (mas caros) restaurantes da capital japonesa.
Do antigo ao novo
O templo Meiji Jingu é uma relíquia da antiga Tóquio que vale a pena visitar. O santuário foi construído há mais de 90 anos em homenagem ao Imperador Meiji, que reinou na época em que o Japão se abriu para o mundo após séculos de isolamento.
O tataravô do atual imperador Akihito foi também um símbolo da modernização e da militarização do país no fim do século 19 e início do 20.
Os jardins, os lagos de nenúfares e a arquitetura do templo oferecem um descanso prazeroso no barulhento centro da cidade. Se o turista tiver sorte, poderá ainda acompanhar uma procissão solene de casamento tradicional, realizada no local frequentemente.
Do templo, é possível chegar com uma caminhada curta ao distrito mais descolado do Japão moderno: a área de Harajuku e Omotesando, uma meca de cultura e moda. Passeie pela rua Takeshita, cheia de jovens em busca das últimas tendências, e pelo Omotesando Hills, centro comercial criado pelo renomado arquiteto Tadao Ando. Também vale a pena entrar na ousada galeria Design Festa. Para descansar ou ver gente, vá ao parque Yoyogi, também na área.
Parlamento
O Parlamento fica em uma área que já foi ocupada por senhores feudais e hoje abriga as sedes legislativas do Japão. Finalizado em 1936, o prédio com cúpula piramidal abriga duas câmaras — a Casa dos Representantes e a Casa dos Conselheiros. Esta última oferece um tour gratuito de uma hora de duração, quando não há sessões legislativas. O tour passa pela galeria pública, a sala do imperador e um hall central, com o chão decorado com intrincados mosaicos feitos com 1 milhão de pedaços de azulejos, além de murais representando as quatro estações.
Mercado de peixes de Tsukiji
É do maior mercado de peixes do mundo que vêm os lindos pedaços de atum do sushi servido em Tóquio. Cerca de 2 mil toneladas de peixe de vários tipos são vendidas diariamente aqui, assim como todo tipo de fruto do mar imaginável. Se quiser ver os famosos leilões do peixe, acorde cedo e chegue às 5h.
Se preferir ir depois (mas não muito, porque as lojas fecham na parte da tarde), ainda dá para passar horas andando pelo labirinto de ruas e becos do mercado.
Fique atento aos carrinhos motorizados que passam por lá, cheios de gelo recheados com peixes, e não use sapatos abertos. Há algumas barracas de sushi fresco dentro e em volta do mercado, assim como uma área de compras que vende de frutas secas a facas afiadas.
O templo budista Tsukiji Hongwanji, conhecido por sua arquitetura de estilo indiano, fica logo cruzando a rua e também tem entrada gratuita.
Passeio na ilha de Odaiba
Se precisar queimar colorias depois de comer a deliciosa comida local, o plano perfeito é andar pela Rainbow Bridge até a ilha de Odaiba, onde é possível fazer um piquenique, correr ou tomar sol em praias construídas pelo homem.
A distância é de apenas 1,7 km, incluindo a passagem por uma ponte suspensa de 918 metros, e pode ser percorrida em menos de uma hora.
No lado norte da ponte, é possível ter uma vista panorâmica da cidade, com o altíssimo edifício Tokyo SkyTree subindo para o céu como uma agulha.
Na parte sul dá para ver o parque Daiba e uma cópia da Estátua da Liberdade, assim como o píer Shinagawa e o píer Oi.
Além do parque Daiba, Tóquio tem vários outros parques e museus que também são gratuitos, incluindo o Museu de Ciência Marítima e o Museu de Ciências Aquáticas.
Viva um terremoto (falso)
O Japão é um dos países mais atingidos por terremotos no mundo. O Centro de Prevenção de Desastres Ikebukuro, um órgão público, oferece uma experiência unicamente japonesa que é educativa e um pouco assustadora, mas também divertida. Visitantes podem experimentar um tremor — tão violento quanto o que atingiu o norte do país em março de 2011— em um simulador de terremoto construído no cenário de uma sala de estar comum. O centro também ensina as instruções básicas para se proteger desse tipo de desastre.
Fonte: G1 com Associated Press
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